segunda-feira, 26 de maio de 2014
Era uma vez um HC...
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Como roubar o direito de defesa do cidadão: proibição das armas brancas.
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Respeito X Formalismo Excessivo. Qual o seu time?
Após um prolongado lapso temporal sem postagens, adormecido nas profundezas de uma pilha de processos para examinar, este vosso humilde Carneiro acordou após o barulho de uma teratológica cota ministerial, na cidde de Rio Claro/SP, que peço vênia para transcrever abaixo:
"Apesar do lamentável erro de tratamento deferido aos membros do MINISTÉRIO PÚBLICO - que é de Excelentíssimo, e não de ilustríssimo! -, encaminha-se o expediente ap Exmo. 7º P.J. Dr. ALCYR MENNA BARRETO DE ARAÚJO FILHO, DD. Promotor dos Direitos Constitucionais dos Cidadãos.
RC, 12-3-04"
É isso mesmo, minha gente. O sujeito ficou todo ouriçado pelo simples fato de haver sido trocado um pronome de tratamento! E notem bem, ninguém o chamou de melindrado, excessivamente sensível, cheio de si, formalista, chato, malcriado, respondão e "fresco".
O que quero deixar muito claro aqui é que em momento algum houve falta de respeito para com os doutos membros do Ministério Público, aliás, doutos não, Excelentíssimos!
O que houve foi um desapego ao excesso de formalismo ainda praticado por cabeças retrógradas que se apegam a títulos ao invés de se apegar à moralidade, decência, ética e bons hábitos e, além disso, no caso específico, em se tratando de funcionários públicos, deve ser observado sempre o bem da coletividade e, ao invés de perder tempo tentando ensinar o pai nosso ao vigário (dar aula de português é para os nobres professores, afinal, os Excelentíssimos membros do MP devem ter coisa melhor e mais útil a fazer) e dar vasão a acessos de "juizite", o "Excelentíssimo" autor da cota transcrita acima deveria trabalhar um pouco mais.
Me surpreende que alguém com essa mentalidade tacanha tenha passado pelo exame psicotécnico do dificílimo processo seletivo qo qual são submetidos os aspirantes a promotores. E digo que fico surpreso por que conheci algumas pessoas que optaram pela carreira ministerial e, em todos os casos, são pessoas dotadas de um senso de justiça e ética bastante desenvolvidos, sem apego a títulos, com foco no bem maior, na paz social, como deveriam ser todos os operadores do direito.
A cota acima denota uma linha de raciocínio feudal, arrastando-nos para as salas de audiências onde suseranos cortariam as línguas de vassalos incautos que porventura se dirigissem àqueles sem desfilar todos os títulos e nomes de seu senhor. Nem é preciso dizer que uma postura assim não se coaduna com o dinamismo e celeridade do Direito moderno.
Vale dizer que o Direito como hoje o vemos, o Direito ciência, é muito mais voltado à busca de soluções, de estudos das problemáticas que afetam a vida social, do que a satisfazer aquelas pequenas cabeças que aspiravam por se tornar advogados, juízes e promotores apenas para ostentar o título de Doutor.
A esses, fica o recado de que o que impera hoje, é o respeito, a ética e a decência. Em um momento histórico onde estão sendo punidos políticos corruptos, onde está sendo constatado um esforço para a melhoria nas condições de vida e economia como um todo, em um panorama de avanços médicos e técnológicos, agarrar-se ao passado melindroso e excessivamente formal é, no mínimo, entrar em uma máquina do tempo que leva a uma espiral descendente cujo fundo é nada além de criar ao próprio redor uma imagem de falsa superioridade e antipatia. Vamos lá, meu povo, menos egocentrismo e mais ação.
E para ninguém dizer que eu estou inventando isso, segue a imagem da cota, extraída dos próprios autos:
Para finalizar, fica o pedido para que todos vocês que me prestigiam acompanhando e lendo as postagens no sentido de que reflitam sobre o assunto abordado hoje de modo que, como dito acima, não nos apeguemos a excessos de formalismo e possamos ter uma visão menos egocêntrica das coisas.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Pequenos grupos, grandes problemas.
NÃO SOU: NEM NEGRO, NEM ÍNDIO, NEM HOMOSSEXUAL, NEM ASSALTANTE, NEM GUERRILLHEIRO, NEM INVASOR.
Sou Cidadão Branco, Honesto, Cristão, Contribuinte, Eleitor, Hetero…Para quê???
Um Artigo do jurista Yves Gandra Martins
Hoje, tenho eu a impressão de que o “cidadão comum e branco” é agressivamente discriminado pelas autoridades e pela legislação infraconstitucional, a favor de outros cidadãos, desde que sejam índios, afrodescendentes, homossexuais ou se autodeclarem pertencentes a minorias submetidas a possíveis preconceitos.
Assim é que, se um branco, um índio e um afrodescendente tiverem a mesma nota em um vestibular, pouco acima da linha de corte para ingresso nas Universidades e as vagas forem limitadas, o branco será excluído, de imediato, a favor de um deles! Em igualdade de condições, o branco é um cidadão inferior e deve ser discriminado, apesar da Lei Maior.
Os índios, que, pela Constituição (art. 231), só deveriam ter direito às terras que ocupassem em 5 de outubro de 1988, por lei infraconstitucional passaram a ter direito a terras que ocuparam no passado. Menos de meio milhão de índios brasileiros – não contando os argentinos, bolivianos, paraguaios, uruguaios que pretendem ser beneficiados também – passaram a ser donos de 15% do território nacional, enquanto os outros 185 milhões de habitantes dispõem apenas de 85% dele. Nessa exegese equivocada da Lei Suprema, todos os brasileiros não-índios foram discriminados.
Aos ‘quilombolas’, que deveriam ser apenas os descendentes dos participantes de quilombos, e não os afrodescendentes, em geral, que vivem em torno daquelas antigas comunidades, tem sido destinada, também, parcela de território consideravelmente maior do que a Constituição permite (art. 68 ADCT), em clara discriminação ao cidadão que não se enquadra nesse conceito.
Os homossexuais obtiveram do Presidente Lula e da Ministra Dilma Roussef o direito de ter um congresso financiado por dinheiro público, para realçar as suas tendências – algo que um cidadão comum jamais conseguiria!
Os invasores de terras, que violentam, diariamente, a Constituição, vão passar a ter aposentadoria, num reconhecimento explícito de que o governo considera, mais que legítima, meritória a conduta consistente em agredir o direito. Trata-se de clara discriminação em relação ao cidadão comum, desempregado, que não tem esse ‘privilégio’, porque cumpre a lei.
Desertores, assaltantes de bancos e assassinos, que, no passado, participaram da guerrilha, garantem a seus descendentes polpudas indenizações, pagas pelos contribuintes brasileiros. Está, hoje, em torno de 4 bilhões de reais o que é retirado dos pagadores de tributos para ‘ressarcir’ aqueles que resolveram pegar em armas contra o governo militar ou se disseram perseguidos.
E são tantas as discriminações, que é de perguntar: de que vale o inciso IV do art. 3º da Lei Suprema?
Como modesto advogado, cidadão comum e branco, sinto-me discriminado e cada vez com menos espaço, nesta terra de castas e privilégios.
( *Ives Gandra da Silva Martins é renomado professor emérito das universidades Mackenzie e UNIFMU e da Escola de Comando e Estado do Exército e presidente do Conselho de Estudos Jurídicos da Federação do Comércio do Estado de São Paulo ).
Para os que desconhecem este é o :
Inciso IV do art. 3° da CF a que se refere o Dr. Ives Granda, em sua íntegra:
“promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.”
Assim, volta a ser atual, ou melhor nunca deixou de ser atual, a constatação do grande Rui Barbosa:
“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”. (Senado Federal, RJ. Obras Completas, Rui Barbosa. v. 41, t. 3, 1914, p. 86)
terça-feira, 13 de setembro de 2011
INDEPENDÊNCIA OU... MORTE???
Mais uma vez cá estamos para tratar de algo que nos encafifa. Eu sei, eu sei. Meio tarde para um post sobre independência, não???
Talvez, mas acreditem, NUNCA é tarde demais para tratar de independência. Não só a independência (não tão independente assim) de nosso gigante tupiniquim, mas de independência como conceito.
Para quem não sabe, nossa independência teve um preço. Isso mesmo. O nosso impávido colosso PAGOU pela bravata do Pedrão às margens do Ipiranga (que àquele tempo era um riacho, mas concordo que a pintura do Pedro Américo é sensacional e muito mais inspiradora).
Pois é. É engraçado demais olhar aquele quadro, o pessoal todo lá, cavalgando belos corcéis, cores vivas, enfim, um espetáculo da bravura e democracia da terra brasilis.
Mas a coisa não foi bem assim. Houve um acordo para pagamento de uma soma IMENSA aos amigos de trás dos montes e adivinhem quem bancou a brincadeira??? Mr. John!!! Isso aí, a Inglaterra!!!
Mas puxa vida, o que tem demais em pagarmos por algo tão valioso quanto a independência de uma nação? Na verdade, vamos reformular a pergunta: a independência de uma nação INTEIRA tem um preço? Nesse caso teve. 02 milhões de libras esterlinas. Em valores de hoje, isso somaria aproximadamente R$5.500.000,00. Obviamente que àquela época essa quantia seria algo muito mais significativa. Mas não é esse o mérito da questão.
O ponto aqui e hoje é a quastão que não quer calar: somos MESMO independentes?
Digo que não.
Coisas como dívida externa, dívida interna (essa sim é o terror), mercado comsumidor, superávit primário, balança comercial, taxa de juros e tudo mais que ouvimos falar ou que lemos nos cadernos de economia por aí atrelam o nosso florão da américa a muitos outros países. E atrelam de um jeito que não nos é agradável.
A independência nominal do nosso país, muito embora nos ensinem em muitos lugares que somos dotados de soberania e tudo mais, não condiz com a realidade fática que atravessamos.
A despeito de contarmos com viabilidade relativa a produção em escala maciça no setor primário, não incentivamos esse campo econômico.
Nossas linhas de produção industrial, principalmente no que diz respeito aos eletro-eletrônicos foram subjugadas pelos donos da muralha.
Na aldeia global, não estamos perto de sermos o cacique, muito embora sejamos um índio forte e corpulento, fazemos questão de mantermo-nos sob jugo de alguns pajés dotados do conhecimento necessário sobre o misticismo econômico.
Assim, com um olhar um pouco mais atento e menos alegórico sobre a nossa independência, notamos que não somos assim tão independentes como fora proclamado pelo Pedrão e tampouco a nossa situação se encaixa no verbete, como é fácil notar:
independência
Pois é. Influência ou domínio estranho (não estranho como o que não se conhece, mas estranho como o estrangeiro) eu creio que não estamos, afinal, o monte de 'Maicons', 'Washingtons', 'Johnnies' e afins que vemos por aí, em contraste com nossos Josés e Marias, bem como o fato de dizermos sempre coisinhas como 'be your best' ou 'just do it', nos leva a crer que estamos livre disso.
A autonomia eu vejo muito clara no pessoal da área de vendas que é dono do próprio nariz e, se vender ganha e se não vender não ganha. E só.
O caráter independente, que me perdoem os meus amigos são-paulinos, é o caráter de reiteradamente se lembrar que são donos de 03 títulos mundiais enquanto que de uns tempos para cá a coisa não anda tão legal assim como nos idos de 1992 enquanto a Copa Toyota brilhava nas mãos do Ray.
Quanto à planta, me desculpem, mas eu só conheço aquelas que tenho na horta, especialmente um agriãozinho para acompanhar minha nova dieta de manutenção e sobrevivência hepática.
Portanto, pergunto, meus caros amigos, o que seria isso, esse contexto no qual estamos inseridos? Independência? Ou morte?
terça-feira, 7 de junho de 2011
Vai uma pizza aí???
"Pedido de investigação contra Palocci é arquivado; Dilma não comenta
Para o procurador-geral, os documentos são suficientes para formar juízo seguro sobre a improcedência das acusações de práticas criminosas
BOM DIA BRASIL
terça-feira, 10 de maio de 2011
Trocaram as galinhas por melancias e o MP não soube resolver o problema...
Béééééééééééééééé!!!!! Saudações do Carneiro, meus caros amigos!!!
Chegou as minhas mãos uma decisão nobre, absolutamente bem fundamentada e, a despeito do que muitos disseram ao comentá-la, não tem absolutamente NADA de excepcional, excetuando-se pelo modo como foi escrita e a linha de raciocínio do BRILHANTE magistrado que a proferiu.
Não há nada de novo na revolta com que vemos ser tratado o nosso povo.
Não há nada de novo em ver que a síndrome do pequeno poder de uns e outros não tem fim.
Não há nada de novo em analfabetos funcionais que sabem apenas e tão somente ler a letra da Lei sem, contudo, interpretá-la.
Não há nada de novo, em um país onde a merenda escolar recebe menos cuidado que a ração dada aos porcos, em dois pobres coitados furtarem melancias.
Tão brilhante a decisão que Escola Nacional de Magistratura incluiu em seu banco de sentenças, o despacho pouco comum do juiz Rafael Gonçalves de Paula, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Palmas, em Tocantins. A entidade considerou de bom senso a decisão de seu associado, mandando soltar S. R. R. e H. R. R., detidos sob acusação de furtarem duas melancias.
Isso mesmo, senhores, FURTAREM DUAS MELANCIAS. Furto sim, sem violência e grave ameaça. Furto sim, de duas míseras melancias. Furto sim, de menos que insignificante valor econômico, uma vez que com toda a certeza, o valor das melancias não paga sequer os copos d'água que o digníssimo membro do MP tomou durante a audiência. Furto sim, praticado por duas pobres almas que, no mínimo, estavam desesperados e tiverem seu senso de retidão deturpado pela garra gelada da fome que lancinava suas entranhas.
Tenho quase certeza que o nobre Ministério Público do Estado do Tocantins não sabia da inépcia interpretaviva deste cidadão que opinou pela manutenção da prisão dos indiciados. Aliás, com toda certeza esse 'nobre' cidadão foi colega de classe do juiz do chinelo.
Dupla dinâmica, páreo duro. Ainda bem que ambos se distanciaram após a faculdade e não mais trabalharam juntos, pois se assim não fosse, com certeza haveria uma célula jurídico-terrorista operando por aí, um verdadeiro mini-tribunal de exceção que seria recordista em puxões de orelha perante os Tribunais pátrios.
Claro, nossos competentíssimos Tribunais NUNCA manteriam decisões teratológicas, o porém, é que encarcerar dois coitados por duas melancias é demais, nem com muito gelo e limão essa desce.
Enfim, segue a decisão que ensejou estes breves comentários deste humilde cronista.